O trabalho artesanal se diferencia do industrial em diversos quesitos. Isto é, o consumidor pode notar diferenças no preço, qualidade e estilo de cada peça comprada.
A princípio, já sabemos que valorizar o trabalho artesanal é incentivar um mercado sustentável. Embora já tenhamos essa noção, muitos ainda se perguntam: por que o feito à mão custa mais caro do que o industrial?
Em suma, a precificação do artesanato definida pela(o) artesã(o) envolve uma série de fatores. No entanto, a Briselier veio trazer os três principais motivos do porquê o artesanal, na maioria das vezes, recebe um preço maior do que aquele feito por máquinas.
Diante disso, confira as razões centrais:
- Remuneração justa por hora de trabalho artesanal
- Produto artesanal exclusivo
- Qualidade do produto e trabalho artesanal
1. A remuneração por hora de trabalho artesanal
Um dos principais motivos do artesanal ser mais caro é a justa remuneração pela mão de obra, aliada às horas de trabalho dedicadas para desenvolver o produto.
Assim, os produtos artesanais são feitos manualmente durante longas horas de dedicação em apenas uma peça. Em virtude disso, a remuneração precisa ser justa. Em contrapartida, o produto fabricado mecanicamente por uma indústria pode não remunerar de forma justa cada funcionário por detrás das máquinas.
Diante disso, o valor a mais que você paga em um artesanato fortalece o trabalho do artesão e sua rede de fornecedores. Além disso, também incentiva um mercado mais justo, que é o que chamamos de Fair Trade.
O Fair Trade promove um comércio sustentável a partir de melhores condições de trocas entre quem produz e quem compra. O objetivo é fazer com que esse contato exista sem a burocracia das grandes empresas para fortalecer a transparência, o respeito e o preço justo.
2. Exclusividade no produto artesanal
Por serem manuais, as peças desenvolvidas no atelier possuem o bônus de serem produzidas com exclusividade para cada cliente. Isso também se deve ao conceito de slow fashion, que foge do modelo fast fashion das lojas de departamento.
O fast fashion é responsável pela produção em série de várias peças iguais e em qualidade inferior. Assim, a exclusividade é uma qualidade que não está presente no trabalho industrial em larga escala.
Portanto, quanto maior o tempo dedicado a cada peça maior é a garantia de um produto desenvolvido com carinho somente para você. Ou seja, por causa da exclusividade e qualidade do produto, o preço de um produto feito à mão se eleva consideravelmente.
3. Qualidade do produto e trabalho artesanal
As indústrias criam produtos iguais e, muitas vezes, com um acabamento questionável. Por outro lado, o produto criado no atelier apresenta exclusividade diante de seus materiais pois quanto melhor for a qualidade do seu produto, maior será a sua venda. E, pelo preço do material utilizado e também por não investir na compra em larga escala, o custo também se eleva.
Além disso, comprando um artesanato de qualidade você também contribui com uma quebra na roda de consumo em grandes redes. A produção industrial em série raramente valoriza o trabalhador por trás das máquinas, a qualidade do material e a exclusividade da peça.
Diante disso, enquanto na produção em massa a fábrica tem seu lucro baseado na quantidade de produção e venda, o artesão conquista o seu mercado através da qualidade e exclusividade do seu produto.
Portanto, antes de pedir aquele descontinho, relembre estes três motivos que fazem o preço do artesanal ser mais caro do que o industrial. Embora mais caro, lembre-se que o valor cobrado tende a ser justo quando comparado à qualidade e exclusividade apresentada.
Além disso, apoiar o trabalho artesanal será sempre uma ótima escolha. Por isso, apoie também a Briselier no Instagram, Pinterest e no canal do Youtube. Lá você sempre encontra mais sobre artesanato, crochê e filtros dos sonhos. 😉
Esse mercado será afetado pela ascensão da I.A, de robos e das impressoras 3D?
Olá, Antônio! Muito obrigada pela sua interação aqui com a gente ❤️
Sobre sua pergunta: teremos que esperar para ver o que vai acontecer no futuro, não é? Mas seguimos lutando para que, independentemente do que aconteça, o artesanato receba o valor que merece!
Abraços!