Indiretamente, falamos muito sobre empreendedorismo feminino por aqui. Afinal, é impossível falarmos sobre produção artesanal e valorização do artesanato sem associarmos ao fato dessa prática incentivar a independência financeira de tantas mulheres.
O número de empreendedoras têm crescido no Brasil e, em 2019, ficamos em sétimo lugar entre os países com o maior número de mulheres empreendedoras. Ainda, segundo dados da Rede Mulher Empreendedora, em 2020, o número de mulheres que empreendem cresceu em 40%.
Todo esse crescimento evidencia a constante busca das mulheres por criarem seu próprio negócio e explorarem todo o seu potencial naquilo que acreditam. Diante dessa motivação, o Dia do Empreendedorismo Feminino representa uma data significativa para quem é mulher e luta para criar e desenvolver o próprio negócio.
Por este motivo, a Briselier trouxe alguns pontos que destacam a importância do empreendedorismo feminino na vida de tantas mulheres (incluindo as artesãs!).
Vem com a gente! 😉
1. Dia do Empreendedorismo Feminino
A data, criada em 2014 e comemorada mundialmente no dia 19 de novembro, busca incentivar, apoiar e empoderar as 4 bilhões de mulheres no mundo. Dessa forma, elas podem ser catalisadoras de mudanças sociais, econômicas e culturais em seus respectivos países.
O Dia do Empreendedorismo Feminino, idealizado pela Organização do Dia do Empreendedorismo da Mulher (WEDO), conscientiza sobre os principais benefícios sociais e econômicos em estimular o trabalho das mulheres no ramo do empreendedorismo.
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP), estima-se que eliminar a lacuna de gênero na força de trabalho acrescentaria 28 trilhões de dólares ao PIB global. Nesse sentido, além de fortalecer o mercado e as mulheres, incentivar o empreendedorismo feminino também ajuda a elevar os 250 milhões de meninas que vivem na pobreza em todo o mundo, o que dialoga com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU.
A data é fundamental para levantar pautas e iniciativas voltadas para apoiar mulheres nos empreendimentos, como o “Sebrae Delas”, que fomenta e profissionaliza práticas empresariais de mulheres.
2. Independência financeira para mulheres
O empreendedorismo está diretamente relacionado com a economia. Quando uma mulher empreende, ela conquista mais flexibilidade e independência financeira. Esse fator fortalece a autonomia e confiança feminina para propor ideias e mudanças significativas na nossa sociedade.
Entretanto, apesar de estar ligado com a independência financeira, o empreendedorismo feminino ainda luta contra o descrédito e falta de apoio.
O artesanato, por exemplo, é fundamental para mulheres completarem ou viverem integralmente da renda que recebem por suas criações. Mas, por ser uma prática predominantemente feminina (98,8% de 408 respostas, de acordo com uma pesquisa feita pela Briselier sobre o perfil da artesã brasileira), segue sendo alvo de desvalorização por parte da sociedade, o que reduz o seu preço e valor de troca.
Em decorrência disto, o Dia do Empreendedorismo Feminino coloca em pauta a necessidade de apoiarmos iniciativas criadas e desenvolvidas por mulheres. Assim, é possível reforçar este setor e trazer uma maior independência financeira para essas mulheres.
Este apoio contribui não só para as mulheres que idealizaram seus empreendimentos, mas também para todas aquelas presentes na execução, já que cerca de 73% dos empreendimentos liderados por mulheres no Brasil são majoritariamente femininos. Além disso, de acordo com a Revista Época, das mulheres donas de negócio próprio com sócios, 44% têm apenas mulheres como sócias.
3. Inovação e criatividade para o mercado
Em épocas de automatização, está cada vez mais difícil encontrar produtos e serviços inovadores, com um toque de exclusividade. Nesse sentido, incentivar o empreendedorismo feminino também impacta diretamente na criatividade e inovação presente nas peças que você consome.
Em meio à pandemia, as empreendedoras tiveram mais agilidade que os homens para adotar inovações nos negócios, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Sebrae com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A adoção da tecnologia e o impulso de incorporar mudanças vantajosas na experiência do consumidor foram o que trouxeram um empreendimento melhor avaliado para as mulheres.
Entretanto, nesta mesma pesquisa, constatou-se que os empreendimentos das mulheres estão com faturamento pior do que os dos homens. Nesse sentido, a ausência de apoio e recursos são fatores que devem ser levados em consideração para este resultado. Afinal, como há inovação e boa experiência, mas baixo faturamento?
Da mesma forma, uma pesquisa organizada pela GEM, em 2018, revelou que as mulheres empreendedoras estudam 16% a mais do que os homens, mas ainda ganham menos, já que o rendimento médio mensal das empresárias é 22% menor.
Diante disso, o Dia do Empreendedorismo Feminino também busca colocar um holofote nessas iniciativas criativas e inovadoras criadas por mulheres. Assim, torna-se justa a relação entre o esforço investido e o lucro recebido.
Apesar dos diversos desafios, como machismo, baixa remuneração, e jornada dupla (e, às vezes, até tripla) de trabalho, mulheres continuam resistindo. Por isso o Dia do Empreendedorismo Feminino é tão importante, pois relembra a força da capacidade feminina nos negócios e conscientiza sobre a relevância de você incentivar o empreendimento das mulheres ao seu redor.
Lembre-se também que, seja criando o seu próprio atelier ou valorizando o trabalho artesanal da sua amiga, apoiar o artesanato também é estimular o empreendedorismo feminino.
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Até a próxima! 💟